Para a equipe do Estúdio Carlos Hinke a manhã era de trabalho, mas para nós (Tatá, Bárbara, Pedro, Ricardo, Carlos, Selma e eu) era de diversão. Muitas caras e bocas para conseguir o mais importante, ficar bem na foto. O frisson todo foi em Bauru no feriado de abril e o resultado ficou muito bom. Nos demos bem em nosso dia de modelo de amizade.
As duas famílias
Bad boys!!!
Tatá e Bárbara, arrasando!
Carlos Hinke
www.carloshinke.com.br
terça-feira, 19 de julho de 2011
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Que coisa mais meiga
É, pra tirar foto desse passarim eu tive de ser mais espertim que ele.
Como diria a Gi: "E não é que ficou uma graça?" - rs
Como diria a Gi: "E não é que ficou uma graça?" - rs
Compreensão
"Por favor, pensemos e trabalhemos por menos escuridão e ódio. Somente a luz e o brilho da compreensão podem destruir as trevas."
Minha querida Xinran Xue, em "Testemunhas da China, vozes de uma geração silenciosa" da Companhia das Letras.
Minha querida Xinran Xue, em "Testemunhas da China, vozes de uma geração silenciosa" da Companhia das Letras.
Carinho
O que pode ser mais doce, delicioso e gratificante do que estar e cuidar de você? Ah, sim, curtir a vida com você. Pinguzinha, te amo demais.
Assinado: mamãe
Paula e Hy, logo logo terão seus pinguzinhos no colo. Que delícia, meninas! Divirtam-se!!!
Assinado: mamãe
Paula e Hy, logo logo terão seus pinguzinhos no colo. Que delícia, meninas! Divirtam-se!!!
Contemplação
Vento quente.
Afago.
Amasso.
Lua cheia.
No mato.
Longe das sereias.
Palavras
Sobre o que quiser
O que der na telha.
Pertinho da Paulista
Clique do Carlos pelo celular, no alto do prédio da Priscila, vocalista da banda 300 Quilômetros por hora, na noite do niver dela. Lá aprendi a dançar como se estivesse em um Fusquinha. O corpo faz uma rotação e uma translação consigo mesmo e com os amigos. Bem junto e bagunçado. Dança divertida e festa instrutiva, rs...
São Paulo é uma cidade bem linda. Especialmente à noite nesta região. Muitos prédios e muitas luzes.
São Paulo é uma cidade bem linda. Especialmente à noite nesta região. Muitos prédios e muitas luzes.
Luzes às mesas
Poesia
durante o dia
que mais
parecia
noite
Sempre que dá vamos ao franguinho almoçar ou jantar.
Magic Chicken
Av. Paes de Barros, 789, Mooca - SP/SP
durante o dia
que mais
parecia
noite
Sempre que dá vamos ao franguinho almoçar ou jantar.
Magic Chicken
Av. Paes de Barros, 789, Mooca - SP/SP
terça-feira, 12 de julho de 2011
O mar
Por Dorival Caymmi
"O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito
O mar... Pescador quando sai
Nunca sabe se volta, nem sabe se fica
Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos
Nas ondas do mar
O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito"
E eu fiquei. De que jeito, só eu sei
"Pedro vivia da pesca
Saia no barco
Seis horas da tarde
Só vinha na hora do sol raiá
Todos gostavam de Pedro
E mais do que todas
Rosinha de Chica
A mais bonitinha
E mais bem feitinha
De todas as mocinha lá do arraiá
Pedro saiu no seu barco
Seis horas da tarde
Passou toda a noite
Não veio na hora do sol raiá
Deram com o corpo de Pedro
Jogado na praia
Roído de peixe
Sem barco sem nada
Num canto bem longe lá do arraiá
Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita
Agora parece
Que endoideceu
Vive na beira da praia
Olhando pras ondas
Andando rondando
Dizendo baixinho
Morreu, morreu, morreu, oh...
O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito..."
Foto: Monica Antunes
"O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito
O mar... Pescador quando sai
Nunca sabe se volta, nem sabe se fica
Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos
Nas ondas do mar
O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito"
E eu fiquei. De que jeito, só eu sei
"Pedro vivia da pesca
Saia no barco
Seis horas da tarde
Só vinha na hora do sol raiá
Todos gostavam de Pedro
E mais do que todas
Rosinha de Chica
A mais bonitinha
E mais bem feitinha
De todas as mocinha lá do arraiá
Pedro saiu no seu barco
Seis horas da tarde
Passou toda a noite
Não veio na hora do sol raiá
Deram com o corpo de Pedro
Jogado na praia
Roído de peixe
Sem barco sem nada
Num canto bem longe lá do arraiá
Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita
Agora parece
Que endoideceu
Vive na beira da praia
Olhando pras ondas
Andando rondando
Dizendo baixinho
Morreu, morreu, morreu, oh...
O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito..."
Foto: Monica Antunes
Inacreditável
A Mari agora resolveu morar no céu.
Que Deus te proteja e que você fique bem.
Na foto, carinhos na bebê da Mariana.
Que Deus te proteja e que você fique bem.
Na foto, carinhos na bebê da Mariana.
Mel
"Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo."
Pitágoras
Pitágoras
Supere
Pique total. Xô tristeza, xô preguiça... Boa respiração e garra para superar os desafios. Alegria, alegria!!!
Na foto, dá-lhe Pedrinho que sobe e desce o morro, pula, corre, conversa e se diverte interagindo com tudo de bom que Minas oferece.
Na foto, dá-lhe Pedrinho que sobe e desce o morro, pula, corre, conversa e se diverte interagindo com tudo de bom que Minas oferece.
Estréia do Gabriel
Olha a cara do Lu tocando na estréia do Gabriel nos palcos. Feliz.
A noitada comemorou o niver do Lu no Camaleão Bar Disco, em Jacareí, organizada pelo Díter, com a Banda Termosfera. Totalmente show. Música, amigos, vinho e a banda no comando da noite. Simplesmente a-do-rei!
A noitada comemorou o niver do Lu no Camaleão Bar Disco, em Jacareí, organizada pelo Díter, com a Banda Termosfera. Totalmente show. Música, amigos, vinho e a banda no comando da noite. Simplesmente a-do-rei!
Cheirinho de nenê
Mais um bebezinho a caminho. E que superbebezinho pra lá de ultraespecial. Meu coração tá cheio de alegria de tia postiça... Que sentimento gostoso saber quanta coisa boa está por vir!
Cheiro de recém-nascido, colo, choro, roupinhas, brinquedinhos e um mundo meigo e corrido que já chegou agora, na gestação da minha amiga...
Na foto, riso gostoso da Pingu no Pizza Hut de Pinheiros, depois da apresentação de balé da escola Vanderli Iara, da Mooca.
Cheiro de recém-nascido, colo, choro, roupinhas, brinquedinhos e um mundo meigo e corrido que já chegou agora, na gestação da minha amiga...
Na foto, riso gostoso da Pingu no Pizza Hut de Pinheiros, depois da apresentação de balé da escola Vanderli Iara, da Mooca.
A cura pela alma
A cura pela leitura
Giletepress de matéria do jornal Valor publicada em 25 de fevereiro.
Por: Mariane Morisawa
Um relacionamento que termina é sempre um motivo de tristeza ou de pausa para repensar a vida. Para superar a fase difícil, que tal um bom livro? "Flashman", de George MacDonald Fraser, sobre um soldado britânico pouco recomendável, condecorado por heroísmo, pode distraí-lo de sua autopiedade. "Do Amor", de Stendhal, pode auxiliá-lo a lidar com a melancolia, e "As Consolações da Filosofia", de Alain de Botton, pode servir mesmo de consolo. Acabou de perder o emprego? Dureza, mas não se desespere! Uma boa pedida é rir com o conto "Bartleby", de Herman Melville, sobre um empregado que recebe a solicitação para fazer uma coisa e diz preferir não fazer, mas estranhamente continua dia e noite no escritório. Já quem sofre pelo luto pode encontrar suporte em "Uma Comovente Obra de Espantoso Talento", de Dave Eggers, baseado na história do próprio autor, que perdeu os pais jovem e precisou cuidar do irmão, ou "Metamorfoses", de Ovídio, que descreve as transformações de todas as coisa s, da vida à morte.
Essas são indicações genéricas de Ella Berthoud, da School of Life de Londres, fundada em 2008. Na prática, as "receitas" são individualizadas. O interessado pode marcar uma consulta pessoalmente, por telefone ou Skype. Depois de responder a um questionário sobre suas preferências literárias e conversar com a especialista, recebe uma lista de livros mais adequados às suas aflições. Usar literatura para ajudar a superar alguma dificuldade ou dor tem nome: biblioterapia. Desde a Antiguidade há relatos de prescrição de livros para enfrentar problemas cotidianos, mas só no século passado a prática ganhou esse nome e os primeiros estudos sobre seus benefícios, principalmente para doentes e presidiários. No Brasil, ela começa a ser difundida, com trabalhos principalmente em hospitais, ainda que não haja grupos fixos até o momento.
A biblioterapia pode ser um ramo tanto da biblioteconomia quanto da psicologia. A bibliotecária Clarice Fortkamp Caldin, autora de "Biblioterapia: um Cuidado com o Ser", prefere fazer a distinção. "Biblioterapeuta é o psicanalista que se vale da leitura como uma das terapias, pois desenvolve a biblioterapia clínica com o intuito de cuidar das patologias psíquicas", diz. "O bibliotecário, a seu turno, desenvolve a biblioterapia de desenvolvimento, quer dizer, cuida do ser na sua totalidade, sem fazer julgamento do que é ou não normal. Costumo chamá-lo de "aplicador da biblioterapia". Não é um título tão charmoso quanto o primeiro, mas me parece mais justo."
Clarice começou a se interessar pelo assunto quando percebeu que o bibliotecário estava muito preso às funções técnicas, esquecendo-se do lado humanista da profissão. Em 2001, defendeu dissertação sobre a leitura como função pedagógica, social e terapêutica. Depois, elaborou um curso de 80 horas na Universidade Federal de Santa Catarina. Na sua opinião, a eficácia vem da falta de cobranças. "O aplicador de biblioterapia não prescreve uma norma de conduta nem um remédio a ser tomado em horários determinados. Dela participa quem quiser, quem tiver vontade de escutar uma história", afirma. "Essa história agirá no ouvinte do jeito que ele achar melhor ou mais conveniente naquele instante de sua vida. Será digerida lentamente, ficará na sua mente ou no seu subconsciente por tempo indeterminado e poderá ser retomada a qualquer momento." E, como é grátis, não precisa ser interrompida se o dinheiro estiver curto.
Em sua experiência de quatro meses na ala pediátrica de um hospital em Santa Catarina, na qual se executou a biblioterapia por meio de leitura, contação, dramatização de histórias e brincadeiras, as crianças, segundo ela, esqueceram-se de que estavam em um hospital. Os familiares também se beneficiaram com o alívio do estresse. Num presídio feminino, as sessões de contos e poesias ajudaram as participantes a superar a sensação de impotência e a saudade dos maridos e filhos. Elas saíram do estado de prostração e chegaram até a escrever um jornalzinho interno.
Normalmente, a biblioterapia se dá em grupo. O aplicador seleciona o texto, faz a leitura, narração ou dramatização de uma história e aposta no envolvimento do público. Cuida, ainda, de permitir a liberdade de interpretação, propiciar o diálogo, a catarse, a identificação, a introspecção. "É bom frisar que para esse mister se presta a literatura, quer dizer, a ficção. Textos informativos ou didáticos não são considerados biblioterapêuticos, porque não produzem a explosão e apaziguamento das emoções [catarse], não permitem a identificação com as personagens [experiência vicária], nem induzem à introspecção [reflexão sobre como nosso comportamento afeta o outro]."
Os livros infantis são os geralmente utilizados por Lucélia Paiva, doutora em psicologia escolar e do desenvolvimento pela Universidade de São Paulo e autora da tese "A Arte de Falar da Morte: a Literatura Infantil como Recurso para Abordar a Morte com Crianças e Educadores". Ela conta que descobriu o valor da biblioterapia intuitivamente. "Sentia que era mais fácil falar sobre certos temas com metáforas, de forma mais suave", diz ela, que desenvolve trabalho voltado para pessoas em situações de crise e emergência, perdas e luto.
Lucélia começou a usar livros infantis para tratar de assuntos como a morte com seus sobrinhos. Mais tarde, conheceu o termo biblioterapia. Hoje, utiliza o mesmo gênero para adultos e crianças, em sessões em grupo ou individuais. "A Menina e o Pássaro Encantado", de Rubem Alves, sobre uma garota que aprisiona uma ave numa gaiola por amá-la muito, serve para tratar de relações familiares ou conjugais e de luto. Já "Dona Saudade", de Claudia Pessoa, ajuda a lidar com o luto e a saudade. "A Aids e Alguns Fantasmas no Diário de Rodrigo", de Jonas Ribeiro e André Neves, auxilia na superação do estigma da doença.
As histórias, segundo ela, sempre precisam ter começo, meio e fim. "Não precisa ser final feliz, desde que exista uma solução. É ela que minimiza o sofrimento." É preciso buscar o envolvimento do ouvinte, seja pela identificação com personagem ou história. "Se fizer eco, se fizer sentido, ele vai começar a ter um envolvimento emocional. A partir dessa catarse, pode identificar-se. E o desfecho daquele conflito do livro pode trazer para ele a possibilidade de desfecho de seus conflitos." Ela afirma ter tido certeza de que dava certo quando soube que uma mãe enlutada tinha lido "Dona Saudade", presenteada por uma amiga em comum, e espalhado o livro pelas outras pessoas afetadas pela perda de seu filho. Em outro caso, conseguiu, em sessão de psicoterapia, acessar até um trauma maior, fazendo uma senhora falar sobre o abuso sexual sofrido na infância.
Já os especialistas no ramo da biblioteconomia, ou aplicadores de biblioterapia, como descreve Clarice Fortkamp Caldin, deixam claro que a biblioterapia não é científica e não exclui os cuidados médicos. "Como arte, ela é criativa. Assim, o sujeito dela se vale para mitigar pequenos problemas pessoais. Cada um do seu jeito, usando a imaginação e de acordo com suas emoções", diz ela. Para pessoas com problemas psicológicos sérios, pode ser auxiliar, sem ter a capacidade de cura. Mas dá seus resultados para quem embarca na viagem.
"Sabemos que o poder da boa literatura é profundo e transformador. Temos um feedback positivo de nossos clientes, que frequentemente voltam para mais sessões. Mas nós não nos advogamos como médicos. Somos doutores de livros!", ressalta Ella Berthoud, da School of Life, que faz apenas atendimento individual. Para ela, funciona porque "você entra na cabeça de outra pessoa e vive outra vida por meio dos personagens do romance". Essa experiência permite que se entenda melhor seus dilemas, se o livro for bem escolhido. "Você vê um personagem cometendo um erro e pode evitar fazer o mesmo. Outras vezes você vê os personagens superando as dificuldades, e isso dá a você, leitor, a resolução de resolver enfrentar a própria situação." Fortalecido pela boa literatura ou por uma contação de histórias eficiente, ele tem a chance de estar mais apto a superar as dificuldades e os momentos de desânimo e de tristeza. Como se diz por aí, ler realmente faz bem, para a mente e para a alma.
Giletepress de matéria do jornal Valor publicada em 25 de fevereiro.
Por: Mariane Morisawa
Um relacionamento que termina é sempre um motivo de tristeza ou de pausa para repensar a vida. Para superar a fase difícil, que tal um bom livro? "Flashman", de George MacDonald Fraser, sobre um soldado britânico pouco recomendável, condecorado por heroísmo, pode distraí-lo de sua autopiedade. "Do Amor", de Stendhal, pode auxiliá-lo a lidar com a melancolia, e "As Consolações da Filosofia", de Alain de Botton, pode servir mesmo de consolo. Acabou de perder o emprego? Dureza, mas não se desespere! Uma boa pedida é rir com o conto "Bartleby", de Herman Melville, sobre um empregado que recebe a solicitação para fazer uma coisa e diz preferir não fazer, mas estranhamente continua dia e noite no escritório. Já quem sofre pelo luto pode encontrar suporte em "Uma Comovente Obra de Espantoso Talento", de Dave Eggers, baseado na história do próprio autor, que perdeu os pais jovem e precisou cuidar do irmão, ou "Metamorfoses", de Ovídio, que descreve as transformações de todas as coisa s, da vida à morte.
Essas são indicações genéricas de Ella Berthoud, da School of Life de Londres, fundada em 2008. Na prática, as "receitas" são individualizadas. O interessado pode marcar uma consulta pessoalmente, por telefone ou Skype. Depois de responder a um questionário sobre suas preferências literárias e conversar com a especialista, recebe uma lista de livros mais adequados às suas aflições. Usar literatura para ajudar a superar alguma dificuldade ou dor tem nome: biblioterapia. Desde a Antiguidade há relatos de prescrição de livros para enfrentar problemas cotidianos, mas só no século passado a prática ganhou esse nome e os primeiros estudos sobre seus benefícios, principalmente para doentes e presidiários. No Brasil, ela começa a ser difundida, com trabalhos principalmente em hospitais, ainda que não haja grupos fixos até o momento.
A biblioterapia pode ser um ramo tanto da biblioteconomia quanto da psicologia. A bibliotecária Clarice Fortkamp Caldin, autora de "Biblioterapia: um Cuidado com o Ser", prefere fazer a distinção. "Biblioterapeuta é o psicanalista que se vale da leitura como uma das terapias, pois desenvolve a biblioterapia clínica com o intuito de cuidar das patologias psíquicas", diz. "O bibliotecário, a seu turno, desenvolve a biblioterapia de desenvolvimento, quer dizer, cuida do ser na sua totalidade, sem fazer julgamento do que é ou não normal. Costumo chamá-lo de "aplicador da biblioterapia". Não é um título tão charmoso quanto o primeiro, mas me parece mais justo."
Clarice começou a se interessar pelo assunto quando percebeu que o bibliotecário estava muito preso às funções técnicas, esquecendo-se do lado humanista da profissão. Em 2001, defendeu dissertação sobre a leitura como função pedagógica, social e terapêutica. Depois, elaborou um curso de 80 horas na Universidade Federal de Santa Catarina. Na sua opinião, a eficácia vem da falta de cobranças. "O aplicador de biblioterapia não prescreve uma norma de conduta nem um remédio a ser tomado em horários determinados. Dela participa quem quiser, quem tiver vontade de escutar uma história", afirma. "Essa história agirá no ouvinte do jeito que ele achar melhor ou mais conveniente naquele instante de sua vida. Será digerida lentamente, ficará na sua mente ou no seu subconsciente por tempo indeterminado e poderá ser retomada a qualquer momento." E, como é grátis, não precisa ser interrompida se o dinheiro estiver curto.
Em sua experiência de quatro meses na ala pediátrica de um hospital em Santa Catarina, na qual se executou a biblioterapia por meio de leitura, contação, dramatização de histórias e brincadeiras, as crianças, segundo ela, esqueceram-se de que estavam em um hospital. Os familiares também se beneficiaram com o alívio do estresse. Num presídio feminino, as sessões de contos e poesias ajudaram as participantes a superar a sensação de impotência e a saudade dos maridos e filhos. Elas saíram do estado de prostração e chegaram até a escrever um jornalzinho interno.
Normalmente, a biblioterapia se dá em grupo. O aplicador seleciona o texto, faz a leitura, narração ou dramatização de uma história e aposta no envolvimento do público. Cuida, ainda, de permitir a liberdade de interpretação, propiciar o diálogo, a catarse, a identificação, a introspecção. "É bom frisar que para esse mister se presta a literatura, quer dizer, a ficção. Textos informativos ou didáticos não são considerados biblioterapêuticos, porque não produzem a explosão e apaziguamento das emoções [catarse], não permitem a identificação com as personagens [experiência vicária], nem induzem à introspecção [reflexão sobre como nosso comportamento afeta o outro]."
Os livros infantis são os geralmente utilizados por Lucélia Paiva, doutora em psicologia escolar e do desenvolvimento pela Universidade de São Paulo e autora da tese "A Arte de Falar da Morte: a Literatura Infantil como Recurso para Abordar a Morte com Crianças e Educadores". Ela conta que descobriu o valor da biblioterapia intuitivamente. "Sentia que era mais fácil falar sobre certos temas com metáforas, de forma mais suave", diz ela, que desenvolve trabalho voltado para pessoas em situações de crise e emergência, perdas e luto.
Lucélia começou a usar livros infantis para tratar de assuntos como a morte com seus sobrinhos. Mais tarde, conheceu o termo biblioterapia. Hoje, utiliza o mesmo gênero para adultos e crianças, em sessões em grupo ou individuais. "A Menina e o Pássaro Encantado", de Rubem Alves, sobre uma garota que aprisiona uma ave numa gaiola por amá-la muito, serve para tratar de relações familiares ou conjugais e de luto. Já "Dona Saudade", de Claudia Pessoa, ajuda a lidar com o luto e a saudade. "A Aids e Alguns Fantasmas no Diário de Rodrigo", de Jonas Ribeiro e André Neves, auxilia na superação do estigma da doença.
As histórias, segundo ela, sempre precisam ter começo, meio e fim. "Não precisa ser final feliz, desde que exista uma solução. É ela que minimiza o sofrimento." É preciso buscar o envolvimento do ouvinte, seja pela identificação com personagem ou história. "Se fizer eco, se fizer sentido, ele vai começar a ter um envolvimento emocional. A partir dessa catarse, pode identificar-se. E o desfecho daquele conflito do livro pode trazer para ele a possibilidade de desfecho de seus conflitos." Ela afirma ter tido certeza de que dava certo quando soube que uma mãe enlutada tinha lido "Dona Saudade", presenteada por uma amiga em comum, e espalhado o livro pelas outras pessoas afetadas pela perda de seu filho. Em outro caso, conseguiu, em sessão de psicoterapia, acessar até um trauma maior, fazendo uma senhora falar sobre o abuso sexual sofrido na infância.
Já os especialistas no ramo da biblioteconomia, ou aplicadores de biblioterapia, como descreve Clarice Fortkamp Caldin, deixam claro que a biblioterapia não é científica e não exclui os cuidados médicos. "Como arte, ela é criativa. Assim, o sujeito dela se vale para mitigar pequenos problemas pessoais. Cada um do seu jeito, usando a imaginação e de acordo com suas emoções", diz ela. Para pessoas com problemas psicológicos sérios, pode ser auxiliar, sem ter a capacidade de cura. Mas dá seus resultados para quem embarca na viagem.
"Sabemos que o poder da boa literatura é profundo e transformador. Temos um feedback positivo de nossos clientes, que frequentemente voltam para mais sessões. Mas nós não nos advogamos como médicos. Somos doutores de livros!", ressalta Ella Berthoud, da School of Life, que faz apenas atendimento individual. Para ela, funciona porque "você entra na cabeça de outra pessoa e vive outra vida por meio dos personagens do romance". Essa experiência permite que se entenda melhor seus dilemas, se o livro for bem escolhido. "Você vê um personagem cometendo um erro e pode evitar fazer o mesmo. Outras vezes você vê os personagens superando as dificuldades, e isso dá a você, leitor, a resolução de resolver enfrentar a própria situação." Fortalecido pela boa literatura ou por uma contação de histórias eficiente, ele tem a chance de estar mais apto a superar as dificuldades e os momentos de desânimo e de tristeza. Como se diz por aí, ler realmente faz bem, para a mente e para a alma.
Civilização Turco-Islâmica
A pedido de minha Consciência, lá vai o recado!
Curso para interessados na cultura turco-islâmica.
Coisas da PUC
Categoria: extensão
Unidade: Monte Alegre / SP
Promoção: PUC-SP - Faculdade de Ciências Sociais - Departamento de Ciências da Religião
Informações: (11) 3124 9600
Início em: 19 de março de 2011
Duração: 30 horas
Horário: sábados, das 9h30 às 11h30
30 horas, 4x de R$ 45.
Apresentação
Abordar a história da Turquia, berço de diversas civilizações e considerada uma ponte entre as culturas ocidental e oriental. Costumes, educação e a rica diversidade cultural do país euro-asiático também serão abordados nas aulas, ministradas pelo professor nativo da Turquia.
A história da Turquia carrega riqueza de diversas civilizações antigas desde a pré-história, passando pelas grega e romana e pelos impérios bizantino e otomano. No país existe liberdade de crença e sua população é cerca de 99% mulçumana – o restante está dividida entre cristãos, judeus e outros.
A diferença com relação a outros países que têm povo muçulmano é que a Turquia é uma nação que mantém a religião totalmente separada do Estado, sendo assim um país totalmente laico. Já que o sistema do estado turco é republica social e democrático.
A cultura milenar turca, ao se misturar com os ensinamentos da religião islâmica, acabou se tornando uma das maiores e mais ricas civilizações da história da humanidade. Ao conhecer a religião Islam e a cultura turca de forma profunda e correta com um nativo, o aluno terá facilidade em perceber a riqueza e a grandiosidade dessa civilização.
Curso para interessados na cultura turco-islâmica.
Coisas da PUC
Categoria: extensão
Unidade: Monte Alegre / SP
Promoção: PUC-SP - Faculdade de Ciências Sociais - Departamento de Ciências da Religião
Informações: (11) 3124 9600
Início em: 19 de março de 2011
Duração: 30 horas
Horário: sábados, das 9h30 às 11h30
30 horas, 4x de R$ 45.
Apresentação
Abordar a história da Turquia, berço de diversas civilizações e considerada uma ponte entre as culturas ocidental e oriental. Costumes, educação e a rica diversidade cultural do país euro-asiático também serão abordados nas aulas, ministradas pelo professor nativo da Turquia.
A história da Turquia carrega riqueza de diversas civilizações antigas desde a pré-história, passando pelas grega e romana e pelos impérios bizantino e otomano. No país existe liberdade de crença e sua população é cerca de 99% mulçumana – o restante está dividida entre cristãos, judeus e outros.
A diferença com relação a outros países que têm povo muçulmano é que a Turquia é uma nação que mantém a religião totalmente separada do Estado, sendo assim um país totalmente laico. Já que o sistema do estado turco é republica social e democrático.
A cultura milenar turca, ao se misturar com os ensinamentos da religião islâmica, acabou se tornando uma das maiores e mais ricas civilizações da história da humanidade. Ao conhecer a religião Islam e a cultura turca de forma profunda e correta com um nativo, o aluno terá facilidade em perceber a riqueza e a grandiosidade dessa civilização.
Suprassumo
Limão.
Molho de pimenta.
Molho inglês.
Estourar semente de figo com os dentes e a língua.
Sunday de "Os Alemão", em Maresias.
Cheiro de cera quente para depilação.
Camisas da Mr. Kitsch.
Sapatos da Prego e Varru.
Maquiagem.
Escolher a cor do esmalte.
Salada de folhas e pepino temperada com shoyo da casa do Nilton e da Paula.
Caixas de madeira ou papel prá lá de especial.
Ouvir a Tatá dizer "mamãe".
Ler livro.
CBN e Eldorado.
Ronda em blogs.
Parar para assistir um filme.
Minha casa toda sexta-feira, após às 18h.
Molho de pimenta.
Molho inglês.
Estourar semente de figo com os dentes e a língua.
Sunday de "Os Alemão", em Maresias.
Cheiro de cera quente para depilação.
Camisas da Mr. Kitsch.
Sapatos da Prego e Varru.
Maquiagem.
Escolher a cor do esmalte.
Salada de folhas e pepino temperada com shoyo da casa do Nilton e da Paula.
Caixas de madeira ou papel prá lá de especial.
Ouvir a Tatá dizer "mamãe".
Ler livro.
CBN e Eldorado.
Ronda em blogs.
Parar para assistir um filme.
Minha casa toda sexta-feira, após às 18h.
Luli e Tatá
Apelo
Dalton Trevisan
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.
Este eu me lembro de ter lido na infância. Nunca me esqueci do "bocas raivosas mastigando". Forte...
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.
Este eu me lembro de ter lido na infância. Nunca me esqueci do "bocas raivosas mastigando". Forte...
Capricho
Supimpa
Meu bolo de 36 anos. Totalmente wonderful!
Estrada da Vida
Milionário e José Rico
Composição: Jair Cabral
Nesta longa estrada da vida,
vou correndo e não posso parar.
Na esperança de ser campeão,
alcançando o primeiro lugar,
Na esperança de ser campeão,
alcançando o primeiro lugar.
Mas o tempo cercou minha estrada
e o cansaço me dominou
minhas vistas se escureceram
e o final da corrida chegou.
Este é o exemplo da vida,
para quem não quer compreender:
Nós devemos ser o que somos,
ter aquilo que bem merecer.
Nós devemos ser o que somos,
ter aquilo que bem merecer.
Mas o tempo cercou minha estrada
e o cansaço me dominou
minhas vistas se escureceram
e o final desta vida chegou.
Estrada da Vida
Milionário e José Rico
Composição: Jair Cabral
Nesta longa estrada da vida,
vou correndo e não posso parar.
Na esperança de ser campeão,
alcançando o primeiro lugar,
Na esperança de ser campeão,
alcançando o primeiro lugar.
Mas o tempo cercou minha estrada
e o cansaço me dominou
minhas vistas se escureceram
e o final da corrida chegou.
Este é o exemplo da vida,
para quem não quer compreender:
Nós devemos ser o que somos,
ter aquilo que bem merecer.
Nós devemos ser o que somos,
ter aquilo que bem merecer.
Mas o tempo cercou minha estrada
e o cansaço me dominou
minhas vistas se escureceram
e o final desta vida chegou.
Inexplicável
Reconciliação
Na infância, eu tinha pavor de assistir o desenho do Pinóquio. Só espiava a TV de rabo de olho. Para o desgosto dos meus irmãos e primos eu também não deixava ninguém assistir. Era triste demais ver o boneco de madeira falhando em todas as promessas para a fada e só se dando mal. Ele não aprendia nunca.
Tenho um relacionamento tão intenso com essa história do Pinóquio que deve haver um lado psicológico/psicótico meu atrelado a ele.
Então, eu cresci. Até esqueci que tinha medo do desenho, coisa e tal e, na adolescência, li o livrão do italiano Carlo Collodi. Nem sabia da história de que o vovozinho ficou preso na baleia...
O tempo passou, vejo alguns Pinóquios por aí, a Tarsila está crescendo e nunca nem assistimos o desenho. Para ela, Pinóquio é o do Shrek.
No ano passado tive meu momento reconciliação com o boneco de madeira durante a Festa Literária de Paraty (Flip). Olha eu aí do lado do "garoto" que só aprontava pra ele mesmo e pro Gepetto. O clique é da amiga Denise Pinotti.
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