
Não foram as chuvas de janeiro ou quaisquer lágrimas que lavaram minha alma das culpas que carreguei por anos, trancafiadas em meu coração. Esperei bastante tempo e, enfim, pude curtir minha Pinguzinha em casa, durante todo o mês de janeiro. E isso me fez tão bem.
Pra quem não lembra da história, minha pequena foi para a creche com três meses e meio e, apesar de ter enfrentado a situação com a cara e a coragem, tudo o que eu tive de passar me doeu muito. Estar longe dela, deixar de acompanhar as primeiras mudanças, sabe? Os passinhos, a fralda, o dente... Fiquei atenta, mas estive trabalhando muito e por várias vezes me ausentei.
O fantasminha da culpa se apossou de meus sentimentos e pensamentos e, depois que ela já estava bem grandinha, com uns três anos é que eu percebi o quanto seria positivo reverter a situação, modificando o que vinha pela frente. Sendo uma mãe mais amiga, menos estressada e "gritenta".
Deslizes à parte, eu melhorei. Percebo isso. Agora, que estou tão próxima dessa minha "sombra de 1,20m", sinto-me em paz. Realizada. Está valendo a pena. Só tenho a agradecer por ter tempo de aproveitar cada sorriso dado pela minha filha; pelo meu amor, o Carlos, por essa nossa familhinha, que agrega o Leo e suas três meninas.
Normalmente, pedimos muito e agradecemos tão pouco. Então, agradeço à Alana (mãezinha postiça da Tatá) e a toda equipe do CCI, que cuidou com tanto respeito e amor da Tarsila enquanto ela esteve na creche; agradeço a todos do Primo Tapia pelo incentivo na educação da minha filha, aos amigos, por estarem sempre ao lado da nossa família; ao Carlos, por nunca desistir de mim e a Deus por ter me concedido tantas alegrias nessa minha vidinha tola, com ares promissores, com certeza.
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