Retribuindo emoções

Olhaí, errei o lado dos noivos, mas quando vi a Hy e o Wendel, parados assim no cartório, na hora lembrei da foto da nossa avó, Avelina, no dia do casamento dela com o nosso avô José Fortes. Minha tia contou a história da foto, curiosamente tirada um dia depois do casamento e da lua de mel.

Que emoção ver a Hy assim, tão noiva quanto a vovó Avelina. É impressão minha ou o jeitinho dela é o mesmo? Lembra um pouco nossa avó. A Hy ficou meio tímida na foto, mas com carinha de feliz.
Os dois casais estão meio tensos, afinal de contas eles não têm prática ou experiência nesse negócio de cartório e pose de marido e mulher... Nossa avó está mais séria, afinal de contas ela era uma garota de 16 anos que assumia o papel de esposa com tudo o que lhe cabia de direito e dever.

Eu tinha 6 anos e lembro do dia em que a Hy chegou da maternidade e foi para nossa casa. Minha mãe e a tia Vita cuidaram da tia Nair e do bebê. Dei meu cobertor usado, com estampa de cachorrinho para a recém-chegada. Um tremendo desapego dar o cobertorzinho, dividir com quem chega. Mas fiz de todo coração.

Depois veio a adolescência dela quando compartilhamos muitas coisas, desde o quarto dela quando morei com minha tia até o meu quartinho nos fundos da casa do Savio.

Eu e minha prima somos muito parecidas. Ciumentas ao extremo, briguentas, bravas e também, legais pra caramba. Fiquei contente por que ela me chamou para fotografar o casamento no civil. Exclusividade para a VIP disponível.

Hy, seu casamento foi muito lindo viu. A simplicidade e o ambiente familiar deram um toque de amor. A comidinha estava totalmente deliciosa e você e o Wendel se completam muito bem. Parabéns para vocês, para a tia Nair e tio Milton também, sem esquecer do Niltinho e família. Um beijo, te amo e a vovó Avelina também te amava muito. Você era o xodó da vida dela.